Pular para o conteúdo principal

Postagens

Total de visualizações de página

SE A GENTE LEMBRA SÓ POR LEMBRAR

A Cachoeira dos Avelinos, o rio onde havia a cachoeira..., lembro-me das muitas águas onde tomávamos banho, hoje tão seco que nos permite andar em seu leito por todo o tempo. Tudo era grande e mágico, longas eram as distâncias, a conversa dos adultos. As histórias que nos contavam antes de dormir nos falavam de outros tempos ainda mais remotos, de bois brabos, vaqueiros valentes, donzelas roubadas, pais déspotas, jovens aventureiros. A Comadre Fulozinha que perseguia o caçador que não deixava fumo para ela e afastava a caça, desnorteava o caçador ingrato e deixava-o perdido na mata.

CACHOEIRAS

Dois pés de limão gêmeos, um nasceu verde e o outro amarelo, coisas da  natureza, de sementes iguais plantas diferentes, e ainda querem que as pessoas que nascem de sementes tão diferentes sejam iguais, pensem da mesma forma, ou tenham os mesmos gostos.

SALVE 25 DE OUTUBRO!

Cento e sessenta e dois são os anos de emancipação de minha cidade que hoje pode festejar com altivez seu aniversário. Ontem foi feita uma bonita festa em frente ao Centro Cultural, antigo mercado público, para espantar o encosto ruim e o mau olhado. A cidade sofreu por décadas nas mãos de gestores incompetentes e descompromissados com a coisa pública, como para cumprir a lenda que se atribui a um frade negro que foi discriminado pela sociedade da época, segunda metade do Século XIX, que ao deixar a cidade, bateu as chinelas para limpar o pó e disse: “70 x 7”, eram os anos da praga.

“NÃO AMAR É SOFRER; AMAR É SOFRER MAIS!"

Um verso de Juca Mulato, do modernista Menotti del Picchia: "Não amar é sofrer, amar é sofrer mais!", foi lembrado pelas personagens de uma novela da Globo semana passada. As idas e vindas do amor apresentado na novela não é o cerne do poema citado, do amor impossível do mulato com a filha da patroa, mas se aplica ao caso.

O ESPELHO

Jacinto acordou aquela manhã como sempre, com o espírito inquieto, como sempre, se sentindo fora do mundo, como sempre, pelo menos, do mundo dos outros que o rodeavam. Mas eis a surpresa, ao se olhar no espelho, o espanto, o que virá em sua frente não era a imagem de todo dia. Isso sem mutilação física, sem mudança de sexo, sem nenhuma intervenção cirúrgica, simplesmente aconteceu.  

O SUPREMO NÃO FALHA

O Supremo é o que é.   A gente desconfia que ele não vá falhar e ele não falha. Faz questão de mostrar a nação quem é que manda nessa joça. Não é ele, deixa claro, são os bandidos, os de sempre, naturalmente. Revelando mais uma vez que está tudo dominado.