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FINALMENTE AS CINZAS

Como na Marcha da quarta-feira de cinzas, de Toquinho e Vinicius de Moraes, “...saudades e cinzas foi o que restou...” nesse carnaval da desordem, de arrastões, de assaltos. Mas não só isso. É admirável a resiliência desse povo.

As pessoas foram para as ruas e brincaram como se estivéssemos no melhor dos mundos. Poderiam  ter feito com mais educação, sujando menos e preservando o patrimônio que é de todos. Apesar disso, é de se admirar a resolução de superar as adversidades do momento e continuar vivendo suas vidas, numa cidade acéfala como se encontra o Rio de Janeiro.

Não há segurança, ou há de forma precária, os hospitais estão sucateados, infeliz de quem precisar deles neste momento, a cidade está suja e abandonada, prefeito e governador falam, prometem, mas ninguém acredita mais no que falam, estamos abandonados à própria sorte, a não ser na conta do IPTU (com 500% de aumento), como se não precisássemos das autoridades para tocar nossas vidas.

Não fossem as balas perdidas, os tiroteios nas comunidades, acho que precisaríamos mesmo muito pouco dessas autoridades. Elas deveriam continuar assim, existindo o menos possível em nossas vidas. Teríamos mais controle sobre as coisas se não esperássemos tanto delas, se não dependêssemos de suas resoluções como dependemos.

Nossas vidas deveriam ser tocadas pelas famílias, pelas instituições, pelas empresas que criam os trabalhos, pelos empreendedores que criam as soluções para os problemas das pessoas, quem sabe, assim, criaríamos um estado de bem estar social que impediria os aproveitadores de se darem bem, pelo menos, não com a mesma frequência com que se apresentam.


Não dependeríamos dos salvadores da pátria, dos partidos salvadores, nem do Estado paternalista, dos políticos populistas e sanguessugas, como têm aparecido em nossas vidas.

E viva a Beija Flor campeã de 2018!
Foto de Alexandre Durão - g1

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