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Mostrando postagens de janeiro, 2018

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FERNANDA TORRES E SUA GLÓRIA

A estreia de Fernanda Torres na literatura foi uma das mais gratas novidades dos últimos anos, ela tem a capacidade de nos espantar com seus personagens cheios de vida, mas que seguem inexoravelmente para suas decadências de forma melancólica, trágica, como a dizer que a vida é um mar de rosas, mas por pouco, aproveite enquanto é tempo.

ZÉ AZEDO NA FILA DO BANCO

- Ei, o senhor não pode furar a fila assim não, disse Zé. - Tenho mais de 60, respondeu o senhor. - Ah, é velhinho? Então a fila é aquela ali, olha. - É mesmo, desculpe, me enganei. Foi para a outra fila. - Ele se enganou, disse uma senhora.

O METEORO

Vocês sabem que tem um meteoro em linha de colisão com a terra, né? Os cientistas dizem que não há perigo, que ele passará ao largo, mas a gente não deve confiar cegamente nos cientistas. Acabamos de saber que a gordura foi condenada pelos médicos desde a década de sessenta, porque três cientistas levaram uma grana para  incriminá-la, a indústria alimentícia queria vender farináceos, biscoitos e muito açúcar, e assim o ovo, a carne e a manteiga foram condenados por mais de cinquenta anos. A briga agora é contra os filtros solares, que desde que apareceram e passaram a ser vendidos em larga escala, aumentou a incidência de câncer de pele. Contrariamente a proteção que prometem acontece o inverso. Você compra um filtro com fator 100 pensando que estará mais protegido, mas o que ele faz é retirar mais facilmente sua proteção natural. Dr. Lair Ribeiro acusa que alguns têm em sua própria fórmula ingredientes cancerígenos e faz a pergunta: onde há mais incidência de câncer de pele, ent

CIL CORRÊA E 78 O MUSICAL

Uma grande alegria eu tive essa semana, fazia tempo que não via minha amiga Cil Corrêa, fui vê-la no espetáculo ‘ 78 musical’ e depois saímos para matar a saudade e colocar o papo em dia. Cil e Paulo Carvalho, seu marido, de saudosa memória, foram responsáveis por minha ida para Macaé nos anos 90, para fazer O Homem de Nazaré, a Via Sacra de Hoje , trabalho que fez história na cidade. Fiz por oito anos, primeiro com eles e depois com Ricardo Meirelles, mas Cil foi a Maria que sempre pensei para  o espetáculo, no tom e na entrega que emocionava a todos, até eu que vinha de tantos carnavais sempre me emocionava. Nossa história vem de antes, desde Exercício no 1 , de Bia Lessa, que nos levou a Espanha, e depois nós esticamos até Paris por dez dias, que ninguém é de ferro, mas isso é outra história. A alegria do momento foi vê-la fazendo ‘ 78 musical’ que fica em cartaz ainda nesse próximo fim de semana no Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes. Uma produção da cidade de

GOSTO DELAS

MARACANÃ - Amiga, vamos ao Maracanã. - Paga? - R$ 120,00 - 120? Pra ver um monte de homem correndo atrás de uma bola? Se pelo menos fosse atrás de mim. A GAROTA E O GUARDA A garota aproximou-se do guarda: - Seu guarda, aqueles dois sujeitos estão me seguindo. - Quais? - Aquele alto e bonito e aquele baixinho e feio. - E o que você quer que eu faça? - Prenda o baixinho AS MULHERES A mãe saiu de casa apressada, com o filho de quatro anos, e para não chegar atrasada pegou um taxi. No caminho passaram por uma zona de prostituição. O menino vendo as mulheres rodando a bolsinha perguntou: - Mãe, quem são aquelas mulheres? - Ah, meu filho, são pobres moças que não têm casa, por isso ficam aí na rua. Ouvindo aquilo o motorista desastrado não se conteve. - Ora, minha senhora, porque mentir para o menino, ele vai crescer e vai saber a verdade, porque não diz logo que são prostitutas. O filho pegou na palavra: - O que são prostitutas? - São mãe

LA BELLE DE JOUR

Ninguém de bom senso é a favor do estupro, do assédio sexual, da piada machista, ou grosseira, venha de onde vier. É um horror vê os caras trabalhados na academia puxando as garotas nos blocos de carnaval, porque é falta de educação e de muito mau gosto. Mas do jeito que a coisa anda logo chegará o dia em que um homem não vai poder olhar para uma mulher que logo será censurado. É assim em alguns países árabes.

LITERATURA E SEXO

No meio da aula, enquanto uma aluna lia em voz alta o texto que ele havia mandado, Tácito correu a turma com os olhos distinguindo entre as garotas, aquelas com quem gostaria de fazer sexo. Aquela porque tem os olhos lindos, amendoados, outra porque tem pernas lindas, uma porque é sensual, aquela outra uma boca de matar... Assim ia fazendo sua seleção, mesmo que fosse mero exercício intelectual, distinguia, avaliava, escolhia, chegar junto era outro problema.  

JORNALISMO E TEATRO A SERVIÇO DO BRASIL

A notícia da morte do jornalista Pedro Porfírio, me fez fazer uma viagem ao tempo que convivi com ele diariamente na Rua Lauro Muller.  Fui assistente de direção do Luiz Mendonça no infantil “Faça do Coelho, o Rei”, de sua autoria, depois fiquei sendo uma espécie de secretário, ajudando-o na produção da assessoria de imprensa que fazia para as companhias teatrais. Depois, quando ele foi diretor da Central Bloch de Fotonovelas, me levou para lá, onde escrevi cerca de sessenta argumentos e roteiros.

O BICHO

Aos trinta e seis anos descobri que não era Shakespeare, nem Molière, nem Brecht. Estava reduzido ao cocô do cavalo do bandido. Tudo que eu tinha feito não valia nada. Ninguém queria saber de minhas peças, nenhum editor queria editar meus livros e acabava de ser demitido do emprego no banco por falta de decoro público, depois que baixei as calças e mostrei o pau para uma cliente.