Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2017

Total de visualizações de página

SALVE 25 DE OUTUBRO!

Cento e sessenta e dois são os anos de emancipação de minha cidade que hoje pode festejar com altivez seu aniversário. Ontem foi feita uma bonita festa em frente ao Centro Cultural, antigo mercado público, para espantar o encosto ruim e o mau olhado. A cidade sofreu por décadas nas mãos de gestores incompetentes e descompromissados com a coisa pública, como para cumprir a lenda que se atribui a um frade negro que foi discriminado pela sociedade da época, segunda metade do Século XIX, que ao deixar a cidade, bateu as chinelas para limpar o pó e disse: “70 x 7”, eram os anos da praga.

“NÃO AMAR É SOFRER; AMAR É SOFRER MAIS!"

Um verso de Juca Mulato, do modernista Menotti del Picchia: "Não amar é sofrer, amar é sofrer mais!", foi lembrado pelas personagens de uma novela da Globo semana passada. As idas e vindas do amor apresentado na novela não é o cerne do poema citado, do amor impossível do mulato com a filha da patroa, mas se aplica ao caso.

O ESPELHO

Jacinto acordou aquela manhã como sempre, com o espírito inquieto, como sempre, se sentindo fora do mundo, como sempre, pelo menos, do mundo dos outros que o rodeavam. Mas eis a surpresa, ao se olhar no espelho, o espanto, o que virá em sua frente não era a imagem de todo dia. Isso sem mutilação física, sem mudança de sexo, sem nenhuma intervenção cirúrgica, simplesmente aconteceu.  

O SUPREMO NÃO FALHA

O Supremo é o que é.   A gente desconfia que ele não vá falhar e ele não falha. Faz questão de mostrar a nação quem é que manda nessa joça. Não é ele, deixa claro, são os bandidos, os de sempre, naturalmente. Revelando mais uma vez que está tudo dominado.

DONA MAROCA E O CELULAR

Dona Maroca chegou do banco onde foi buscar a aposentadoria, sentou-se ao sofá, ligou o celular e ficou na dela, fazia poucos dias que havia aprendido a mexer no aparelho, no Face, no zap, se enrolava, mas não desistia. Chegava a ter receio quando recebia notificações de acesso, como se fosse invasão de privacidade, sobretudo quando vinha de pessoas que ela não conhecia, havia anexado a sua página sem saber como. Achava um desrespeito quando alguém lhe cutucava, não havia dado aquela intimidade nem para o marido que morrera há mais de vinte anos, não sabia por que a pessoa se achava naquele direito, mas estava disposta a ser igual a todo mundo.